sexta-feira, 3 de julho de 2009

Desregulamentação das profissões um processo (ir)reversível?

Aproprio do título de um e-mail que Oliveira Jr enviou através da lista.

Gilberto Dimenstein afirma que "a partir de agora, para você ganhar um título de mestre não será mais necessário entregar aquelas gigantescas dissertações, repletas de citações, rodapés, tudo isso embrulhado na hermética linguagem universitária".

Geraldo Magela Teixeira afirma que "para trabalhar as notícias, precisamos de profissionais competentes."

Ambos os autores comentam sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que desobrigou a exigência de diploma de curso superior para exercer o jornalismo.

Bom, penso que desregulamentar não é a solução, definitivamente. Regulamentar exacerbadamente, também não.

Senão, vejamos: "Por que um aluno de engenharia não poderia dar aula de física ou matemática numa escola pública? Bastaria que tivesse uma ajuda para saber transmitir seu conhecimento." No exemplo, o professor possui diploma universitário ou está em vias de. Não é um autoditada.

E é o que o professor Geraldo Magela Teixeira chama a atenção. De que talvez a pessoa não precise de um curso superior de jornalismo, mas de um curso de pós graduação ou de que ela tenha formação superior em ciências humanas ou sociais aplicadas para ser jornalista.

Recentemente, a Revista aU debateu o fim das faculdades de arquitetura e urbanismo.

Volto a baila. Creio que não é para tanto. Como a profissão requer e exige cada vez mais uma gama maior de conhecimento, realmente o que as faculdades devem fazer é o que o Gilberto sugere: incentivar que os professores atuem no mercado inclusive e buscar professores com outras experiências e de outras áreas. Assim, formarão profissionais mais dinâmicos, completos e aptos para atuarem no mundo que exige um profissional cada vez mais eficiente e eficaz.

Qual o profissional tem que saber/entender um pouco de tudo e dialogar com vários profissionais de diversas áreas? As universidades devem estar atentas a isso. E algumas estão.

Publicado originalmente na Crise [!].

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